Se você sofre com dores crônicas, você não está sozinho. Segundo pesquisas, estima-se que pelo menos 10% da população mundial sofra de dor crônica. Sentir dor pode impactar todos os aspectos da vida de uma pessoa. Pode afetar os relacionamentos, a mobilidade, o desempenho no trabalho e até mesmo a saúde mental de quem sofre com ela.
A dor é um importante mecanismo de defesa do corpo. Um sintoma de que algo não está bem no corpo, ou que há alguma agressão potencialmente prejudicial e precisa ser tratado.
A dor crônica é aquela dor que:
- acontece ou recorre por mais de 3 meses;
- persiste por mais de 1 mês após a resolução de uma lesão tecidual aguda;
- ou acompanha uma lesão que não se cura.
De acordo com o CDC (Centro de controle e prevenção de doenças) dos EUA, os quatro tipos mais comuns de dor crônica são:
- Dor lombar (27%)
- Dor de cabeça severa ou enxaqueca (15%)
- Dor no pescoço (15%)
- Dor facial (4%)
Quais são as causas das dores crônicas?
As causas incluem doenças crônicas (câncer, artrite, diabetes), lesões (hérnia de disco, ligamento rompido) e várias doenças primárias (dor neuropática, fibromialgia, cefaleia crônica).
Ou seja, doenças crônicas podem causar dor crônica. E também pode resultar de uma lesão, mesmo uma lesão leve, se as fibras e células nervosas tonaram-se sensíveis.
Quais são os sinais e sintomas das dores crônicas?
É fundamental prestar atenção aos sinais e sintomas. Os sinais são as manifestações que notamos na pessoa que está doente, e os sintomas são as queixas do paciente em relação ao que ele está sentindo no momento.
Pessoas com dor crônica frequentemente sentem-se cansadas, apresentam problemas para dormir, perdem o apetite e/ou gosto pela comida e perdem peso. Elas tornam-se constipadas e sua libido pode diminuir.
A dor constante pode impedir que as pessoas façam o que elas geralmente gostam de fazer e isso pode deixá-las deprimidas e ansiosas. Elas podem interromper suas atividades, evitar se socializar e ficar preocupadas com a saúde física.
Como diagnosticar a dor crônica?
- Avaliação de um médico – Os médicos avaliam minuciosamente o indivíduo para identificar a causa da dor e seu efeito na vida diária. Se nenhuma causa for identificada, os médicos, então, se concentram no alívio da dor e ajudam o indivíduo a sentir-se melhor.
- Avaliação da saúde mental – É necessária a avaliação psiquiátrica formal, se houver suspeita de transtorno psiquiátrico preexistente (depressão maior ou transtorno de ansiedade), pode se considerar como sendo a causa ou o efeito. O alívio da dor e a melhora funcional são improváveis se os transtornos psiquiátricos coexistentes não forem tratados.
Qual o tratamento da dor crônica?
Depende de cada caso, mas no geral, o tratamento é realizado por uma equipe multidisciplinar (médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, entre outros). É importante tratar a causa para obter resultados mais satisfatórios. Sendo assim, o tratamento pode incluir:
- Medicamentos para alívio da dor – é indicado por meio de analgésicos e pode ser combinado com métodos físicos.
- Métodos físicos – como fisioterapia e terapia ocupacional, ou então a estimulação nervosa elétrica transcutânea (ENET), que utiliza baixa corrente em uma oscilação de baixa frequência para ajudar a tratar a dor.
- Psicoterapia ou terapia comportamental – fazer um acompanhamento com um profissional que compreenda a mente humana é muito importante não só para identificar todas as causas das dores crônicas, mas também para tratar dos demais problemas decorrentes delas, como a depressão e a ansiedade.
Se uma causa de dor crônica for identificada, ela será tratada e em casos extremos, a intervenção cirúrgica é considerada uma possibilidade.
Como reduzir as dores crônicas?
Para ter uma vida com mais saúde e qualidade, é essencial pensar em maneiras de amenizar esses problemas. Os medicamentos não devem ser a única opção, mas continuam sendo de grande ajuda. Então, confira algumas dicas que podem ajudar a reduzir as dores:
- Atividades físicas – Ficar longe do sedentarismo é uma recomendação médica muito eficiente no geral, e não é diferente quando falamos do tratamento das dores crônicas.
- Sono de qualidade – O sono propicia sedativos naturais que são valiosos para quem sofre com dores constantes. Quem apresenta privação do sono tem muito mais chance de sofrer com dores de cabeça e dores musculares.
- Alimentação saudável – Cuidar da alimentação é outra forma eficaz para tratar as dores crônicas. Alguns alimentos possuem substâncias que podem induzir a dor. É o que acontece com quem sofre com enxaqueca e precisa reduzir o consumo de chocolates, queijo e frituras, por exemplo.
- Fisioterapia – A fisioterapia atua tanto na prevenção quanto no tratamento das dores crônicas. Ela auxilia na recuperação de lesões e reabilitação dos pacientes, além de identificar o fator causador daquele problema que, muitas vezes, está associado à má postura.
- Acupuntura – Terapia milenar chinesa executada por meio da inserção de agulhas na profundidade dos tecidos corporais – tem se mostrado cada vez mais eficaz para tratar, controlar e até mesmo eliminar as dores crônicas.
É importante ressaltar que toda atividade física deve ser estimulada conforme a orientação médica e supervisionada por um profissional da área.
Quando estiver com dor, procure um profissional, entre em contato e vamos juntos buscar a melhor solução.
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