A Neurocirurgia pode ser realizada para o tratamento de diversas doenças, trazendo assim o máximo possível de conforto, qualidade de vida e mobilidade para os pacientes.
Neurocirurgia e doença de Parkinson
Um exemplo, é um relato de uma estudante de medicina, publicado na revista SNB Hoje, onde havia um paciente com doença de Parkinson, internado no hospital Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que estava a espera de sua cirurgia.
A graduanda ficou intrigada, pois no momento da anamnese o paciente estava alegre e ela sabia que normalmente eles ficam apreensivos, devido aos riscos inerentes da cirurgia. Porém ele estava feliz, não demonstrava preocupação e nem apreensão por isso.
O paciente na verdade tinha esperança e estava ansioso para ter uma chance de retomar o controle de sua vida, já que a doença o afetou de forma profunda, não o deixando trabalhar ou mesmo brincar com seus filhos.
A Neurocirurgia promove uma grande transformação na vida de uma pessoa, e a estudante pôde acompanhar isso de perto, durante a cirurgia, na qual o paciente ficou acordado e ela percebeu o desaparecimento dos sintomas. Viu a alteração do corpo, a cura, os impactos que isso pode gerar para a qualidade de vida e estado psicológico de alguém.
Uma doença da noite pro dia
Outro exemplo, é um caso repentino de cavernoma cerebral, publicado no Uol Viva Bem. Nesse caso o paciente de 32 anos, teve uma convulsão durante a madrugada e após ser levado para o hospital, foi identificada uma mancha no lado direito do cérebro (a estrutura mais complexa do corpo humano, com 86 bilhões de neurônios) através da tomografia.
O cavernoma cerebral é uma doença pouco conhecida, embora acometa 1 a cada 200 pessoas. Trata-se de uma malformação vascular que pode ser microscópica ou ter alguns centímetros. Semelhante a uma amora, é um “novelo” de pequenos vasos sanguíneos que dilatam e podem sangrar.
O diagnóstico é possível através de uma tomografia que pode revelar o sangramento na fase aguda. Depois dessa fase, só uma ressonância magnética identifica o problema. Com isso, há quem passe a vida inteira com um cavernoma de forma assintomática, e os casos são descobertos acidentalmente, em um exame de imagem para investigar outra coisa.
Apesar do sufixo ‘oma’, que está tradicionalmente relacionado a tumores, o cavernoma não é um tumor. Faz parte do capítulo de malformações vasculares. E isso fazia o paciente manter a calma, pois uma vez que retirado totalmente, ele estaria curado.
Como tratar o cavernoma?
Ao se descobrir o problema, o tratamento vai depender de como a lesão se apresenta e como ela vai progredir e se desenvolver, mas basicamente existem dois processos:
- O tratamento conservador: é a observação e acompanhamento, que são adotados em determinados casos, e somente se houver aumento da lesão, e o paciente tenha algum tipo de sintoma ou incômodo, aí vem a indicação cirúrgica.
- O tratamento cirúrgico: é possível através da radiocirurgia, uma craniotomia (a abertura do crânio) ou uma microcirurgia vascular intracraniana.
No caso desse paciente, foi realizada uma craniotomia, e o cavernoma foi dissecado. Em linhas gerais, o pós operatório tende a evoluir sem demais complicações e a recuperação do paciente geralmente é rápida. Dependendo da lesão, com extirpação total, é possível voltar com as atividades normais.
Neurocirurgia é esperança
Com isso, vemos como a neurocirurgia pode ter um impacto na vida das pessoas, ela traz esperança aos pacientes e grandes chances de recuperação e tratamento, devolvendo a qualidade de vida a cada um.
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